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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A Culpa Sempre é da Matemática!


Sinopse

Um Mais Um Não São dois – quem não tem medo da matemática? Pode até deflagrar uma psicopatia em uma pacato rapaz, que enxerga nela o seu verdugo, o grande algoz de sua vida. A combinação de números que surge no cotidiano dele, parece conspirar contra a sua sanidade mental. Afinal, com a matemática temos que ter nervos de aço!

Trecho

           “...Não conseguia bons empregos. A neurose dos números causou um trauma em sua personalidade. Vivia escaldado com a possibilidade de encontrar pela frente o seu algoz.
           Já adulto, em épocas de vacas magras, arrimo de família, conseguiu um emprego de faxineiro num clube de futebol de sua cidade, que disputava a 4ª divisão de profissionais. Sem opção alguma, Evilásio pegou na vassoura e se conformou com os seus parcos vencimentos mensais
           Tudo ia bem até que um certo dia, a fatídica iria cruzar o seu caminho.Sem maiores explicações  foi transferido para as bilheterias. Além do trabalho tradicional, de vender ingressos nos dias de jogos, iria auxiliar o tesoureiro do clube na contagem da renda e do público. Era o seu flagelo que mais uma vez se posicionava ameaçador à sua frente. Tirando-lhe do sério, causando-lhe pavor e mexendo com o seu abalado sistema nervoso.
           Mas afinal, o que poderia fazer Evilásio? Jogar o emprego fora? Em tempos tão bicudos, de dificuldades econômicas para quase todos, em que seria penoso arrumar um outro emprego? E ainda mais tinha a agravante de ter de sustentar a família. Aceitou sem dar um pio.
         Já perturbado por ter que conviver com os números, começou a notar estranhas e amargurantes coincidências nas contagens de renda e público. Nas primeiras vezes o total dos números do público pagante sempre se repetia: 888, 2.222, 333... Depois era decrescente: 3.210, 4.321, 876... Logo após, a situação era inversa: 1.234, 789, 654...Numa determinada época, os números eram salteados: 1.414, 2.626, 979... Se as combinações não acontecessem com o público, aconteciam com a renda do jogo...”

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