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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Se Fosse em Brasilia..Meu Deus...


Sinopse

O Surto – Em uma cidadezinha do interior ocorre um fenômeno sui generis. Grande parcela da população sofre de esquizofrenia. Essa patologia maciça fez com que autoridades especialistas no assunto, se interessassem em estudar o fenômeno a fundo. Mas um dia, em especial, ficaria marcado para sempre na história do psiquiátrico município.

Trecho

“...Na sacristia da igreja matriz, o padre grita por socorro. Foi preso pelo seminarista Teobaldo; que ficou de DP na matéria Exorcismo Aplicado.
         — Sossegue, padre, ELAS, as sacras vozes, celestiais e divinas, me alertaram que o senhor está com o diabo. Por enquanto não posso libertá-lo, vou procurar ajuda na diocese, lá poderão me orientar sobre qual caminho seguir. Esse bicho safado e chifrudo, rei da mentira, mestre da intriga, perito em jogar truco, não me engana! Amaldiçoada criatura das trevas, em todos os lugares está esse bode sujo! Semeador da discórdia, deixou o Corinthians na fila por 22 anos! Até os cupins dos bancos da igreja estão possuídos. As estátuas dos santos se mexem e pedem cachaça! As figuras sagradas das pinturas começam a rebolar quando passo perto delas. Isso só pode ser obra nefasta do Coisa Ruim! Vá de retro! Chiste! Passa! Vá deitar! À nível de, os capeta está em todos os lugar,danado!, até me faz errar o português! Criatura morfiosa, técnico do time de Hitler! O vinho está com sabor de guaraná ordinário, a hóstia tem gosto de paçoquinha. As velas parecem luzinhas pisca-pisca de Natal, acedem e apagam a qualquer momento.  Até a pintura da Santa Ceia, no teto da igreja foi atacada, apareceu a figura do Mussum, dos Trapalhões, no lugar de um apóstolo. Sacrilégio! Mas não adianta, príncipe das trevas, arauto da escuridão, rei dos apagões brasileiros, jamais conseguirá ser maior que o filho do meu Senhor Deus... Júlio Iglesias.
         Desconfiado de tudo, até de si mesmo, Teobaldo se trancou no confessionário, havia se esquecido do doberman que ali fora aprisionado por ele próprio. Seus gritos de socorro eram lancinantes...”

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